CCSC | Agenda 3i9

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Um dos principais objetivos do Competências do Sobreiro e da Cortiça é a definição de uma agenda de investigação suberícola nacional, pelo que surgiu a Agenda 3i9 – Agenda Portuguesa de Investigação e Inovação no Sobreiro e na Cortiça.

A Agenda Portuguesa de Investigação e Inovação no Sobreiro e na Cortiça – Agenda 3i9 – é o resultado do trabalho desenvolvido no âmbito do Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça (CCSC) com o desiderato primeiro de potenciar as condições de funcionamento da relação entre os diversos agentes envolvidos na investigação e inovação em Portugal, consensualizando prioridades, identificando meios e recursos disponíveis, estabelecendo metas e procurando resultados que permitam avançar na consolidação de uma fileira mais representativa, mais resiliente, mais equitativa e mais sustentável.

O acrónimo “Agenda3i9” pretende refletir o horizonte temporal de intervenção curto prazo correspondente a um ciclo produtivo de 9 anos, o médio prazo correspondente a 3 ciclos produtivos de 9 anos, e a interligação de três componentes primordiais -investigação, inovação e interação entre linhas de atuação.

A Agenda foi construída com base num processo participativo de auscultação dos parceiros do CCSC, em reuniões dos membros do Conselho Geral, e em reuniões temáticas sectoriais em que participaram 81 investigadores e técnicos das 27 entidades fundadoras.

A Agenda 3i9 foi construída com base em cinco planos funcionais de abrangência nacional:

  • Plano nacional de melhoramento
  • Plano nacional de melhoria da produtividade
  • Plano nacional de defesa contra agentes bióticos
  • Plano nacional de qualidade da cortiça
  • Plano nacional de ação territorial

Missão

Pretende-se com a Agenda3i9 mais e melhor cortiça, maior resiliência dos montados portugueses e a sua perenidade produtiva, num investimento de investigação e inovação projetado num horizonte de três ciclos de produção.

Objetivos

A Agenda 3i9 assenta numa interdisciplinaridade entre 5 objetivos:

    • produzir cortiça de qualidade por indivíduos adaptados ao stress biótico e abiótico;
    • em povoamentos mais resilientes, no conhecimento das variáveis chaves que influenciam os processos fisiológicos relevantes e sob diferentes modelos de gestão;
    • prevendo, diagnosticando e controlando agentes bióticos – pragas e doenças;
    • garantindo matéria-prima nas condições ideais para a indústria, do ponto de vista mecânico, sensorial, e racionalizando métodos e procedimentos de colheita e pós-colheita;
    • avaliando o papel de contextos biofísicos e de localização no potencial produtivo dos montados, na provisão dos serviços dos ecossistemas e no desenvolvimento rural integrado;

Ações de suporte

A Agenda 3i9 assenta num conjunto de ações de suporte, facilitadoras, que potenciam sinergias entre os agentes e melhoram a partilha dos recursos apresentadas na tabela abaixo.

Ações básicasObjetivoResultados
Inventário de diagnóstico do montadoCaracterizar adequadamente e em tempo útil a realidade atual do Montado em termos produtivos e sanitáriosRealização de um inventário de diagnóstico do montado. A seleção das áreas a inventariar será feita com base na informação do IFN 2005, com recolha de dados de campo em parcelas estabelecidas sobre uma rede complementar de fotopontos, à distância de 2 x 2km (apoiada na grelha dos fotopontos) que será monitorizada na íntegra no primeiro ano e depois apenas serão monitorizadas anualmente as parcelas em descortiçamento. Estas parcelas serão desfasadas das parcelas de amostragem do IFN, permitindo assim uma duplicação da quantidade da informação existente sobre o montado, em caso da futura cedência dos dados do IFN e também uma maior regularidade de dados.
Rede de parcelas permanentes de investigação e monitorizaçãoGarantir a monitorização contínua e a longo prazo Potenciar parcerias de trabalho entre equipas de investigação Criação de um sistema de monitorização nacional que integre as parcelas de sobreiro do IFN, as parcelas permanentes dos dispositivos experimentais das instituições universitárias e de investigação e as parcelas permanentes de demonstração das Organizações de Produtores Florestais.
Carta de aptidão potencial para o sobreiroConhecer o potencial de expansão da espécie e a sua aptidão atualCarta Portuguesa de Potencial de Alocação Suberícola
Protocolos de extensãoGarantir que os resultados da investigação são descodificados e divulgados aos utilizadores finaisElaborar protocolos/fichas de extensão com o conhecimento consolidado, incluindo base científica, método/modelo de implementação e uma análise custo-benefício.
Depósito de dados e biblioteca de metadadosGarantir que os dados base da investigação e os resultados dos projetos são preservados, potenciando o seu acesso presente e futuroCriação de uma plataforma de depósito de dados e metadados das unidades experimentais existentes em Portugal. Criação de um Sistema de Informação Geográfico com a localização de todas as unidades experimentais (parcelas temporárias e permanentes e ensaios) e correspondentes metadados que sintetizem o tipo de informação recolhida). Criação de um sistema legal de contratação com as instituições/investigadores para permitir o depósito seguro de dados, bem como a sua partilha com a comunidade científica e Organizações de Produtores Florestais que permita, numa lógica “win win”, o uso integrado destes dados a nível nacional.

 

Para conhecer os Planos Funcionais na íntegra, consulte os documentos da Agenda 3i9.