Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça

 

 

O Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça (CCSC) é um fórum de partilha e articulação de conhecimentos, capacidades e competências que agrega agentes da fileira nas três áreas: Investigação, divulgação e, transferência de conhecimento. Tem como eixos de atuação:

  1. a promoção da produção de conhecimento e inovação;
  2. transferência de conhecimento e tecnologia;
  3. recolha, tratamento e divulgação de informação e estatística.

Missão

A sua missão é promover o desenvolvimento da fileira da cortiça portuguesa através da investigação, inovação e promoção das boas práticas suberícolas.

Atuação

O CCSC atua em três principais domínios: investigação, divulgação e, transferência de conhecimento, para:

  • Ser fórum de congregação e partilha das competências existentes entre várias entidades, de forma a permitir dar respostas mais prontas, completas e eficazes aos diversos desafios que se colocam à exploração do sobreiro e da cortiça;
  • Contribuir ativamente para a definição de uma agenda de investigação suberícola nacional aplicada;
  • Promover a competitividade da fileira da cortiça pela via da produtividade e sustentabilidade da cultura suberícola;
  • Promover a salvaguarda das florestas de sobreiro, com realce para a sua vertente de uso múltiplo, o Montado, enquanto elemento fulcral do ordenamento do território, da preservação da natureza e da sustentabilidade regional;
  • Potenciar a divulgação do conhecimento científico em estreita ligação com os agentes da Fileira, nomeadamente, no espaço de aplicação suberícola;
  • Criar condições no terreno para o desenvolvimento da atividade experimental que se considere necessária à melhoria da produtividade e do estado sanitário dos sobreiros em Portugal;
  • Constituir-se como veículo de transferência de conhecimento e adoção das melhores práticas disponíveis.

O CCSC funciona como polo agregador da massa crítica de toda a fileira da cortiça e do sobreiro. Fazem parte do CCSC os agentes económicos da fileira, entidades responsáveis pela investigação no sector e ainda algumas entidades públicas. O objetivo comum a estas entidades é promover a produção de mais e melhor cortiça, de forma perpétua e sustentável, através do reforço da investigação, da promoção, da inovação e da transferência e divulgação do conhecimento. Ou seja pretende-se promover a produção de cortiça de qualidade para a indústria e contribuir para o desenvolvimento rural, através de sobreiros adaptados ao stress biótico e abiótico, em povoamentos resilientes, prevenindo e controlando eficazmente os agentes bióticos e a providenciando os serviços do ecossistema dos montados.

Conforme estabelecido no Protocolo de constituição, do CCSC surgiu a Agenda Portuguesa de Investigação e Inovação no Sobreiro e na Cortiça – Agenda 3i9 – que representa o resultado do trabalho desenvolvido, com o desiderato primeiro de potenciar as condições de funcionamento da relação entre os diversos agentes envolvidos na investigação e inovação em Portugal, consensualizando prioridades, identificando meios e recursos disponíveis, estabelecendo metas e procurando resultados que permitam avançar na consolidação de uma fileira mais representativa, mais resiliente, mais equitativa e mais sustentável.

A génese dos Centros de Competências advém do documento para a Estratégia do Ministério da Agricultura para a investigação e inovação agroalimentar e florestal para o período 2014-2020. Este documento estratégico apresentou os eixos e linhas orientadoras, entre as quais a criação de Clusters para o setor agroalimentar e florestal, de Centros de Competências e de Grupos Operacionais, numa estratégia alinhada com o programa Portugal 2020.

Os Centros de Competência têm como objetivo promover a cooperação entre os agentes económicos, as entidades do sistema científico nacional e a administração pública, promovendo desenvolvimento e a sustentabilidade das diversas fileiras florestais e agrícolas nacionais. Neste contexto surge em 2014 o Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça (CCSC).

  • APCOR – Associação Portuguesa da Cortiça
  • BIOCANT – Centro de Inovação em Biotecnologia
  • CEBAL – Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-Alimentar do Alentejo
  • CL – Companhia das Lezírias
  • CMC – Câmara Municipal de Coruche
  • CTCOR – Centro Tecnológico da Cortiça
  • ESAB – Escola Superior Agrária de Beja
  • ESAC – Escola Superior Agrária de Coimbra
  • ESAS – Escola Superior Agrária de Santarém
  • ESB da UCP – Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto
  • FCUL – Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
  • FILCORK – Associação Interprofissional da Fileira da Cortiça
  • FORESTIS – Associação Florestal de Portugal
  • IBET – Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica
  • ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das FlorestasINIAV – Instituto Nacional de Insvestigação Agrária e Veterinária
  • ISA/CEF – Instituto Superior de Agronomia/Centro de Estudos Florestais
  • IST – Instituto Superior Técnico
  • ITQB – Instituto de Tecnologia Química e Biológica
  • MA – Ministério da Agricultura
  • TERRAPRIMA
  • UA – Universidade de Aveiro
  • UAlg – Universidade do Algarve
  • UC – Universidade de Coimbra
  • UE/ICAAM – Universidade de Évora/Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas
  • UNAC – União da Floresta Mediterrânica
  • UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
  • AJAP – Associação de Jovens Agricultores de Portugal

Um dos principais objetivos do Competências do Sobreiro e da Cortiça é a definição de uma agenda de investigação suberícola nacional, pelo que surgiu a Agenda 3i9 – Agenda Portuguesa de Investigação e Inovação no Sobreiro e na Cortiça.

A Agenda Portuguesa de Investigação e Inovação no Sobreiro e na Cortiça – Agenda 3i9 – é o resultado do trabalho desenvolvido no âmbito do Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça (CCSC) com o desiderato primeiro de potenciar as condições de funcionamento da relação entre os diversos agentes envolvidos na investigação e inovação em Portugal, consensualizando prioridades, identificando meios e recursos disponíveis, estabelecendo metas e procurando resultados que permitam avançar na consolidação de uma fileira mais representativa, mais resiliente, mais equitativa e mais sustentável.

O acrónimo “Agenda3i9” pretende refletir o horizonte temporal de intervenção curto prazo correspondente a um ciclo produtivo de 9 anos, o médio prazo correspondente a 3 ciclos produtivos de 9 anos, e a interligação de três componentes primordiais -investigação, inovação e interação entre linhas de atuação.

A Agenda foi construída com base num processo participativo de auscultação dos parceiros do CCSC, em reuniões dos membros do Conselho Geral, e em reuniões temáticas sectoriais em que participaram 81 investigadores e técnicos das 27 entidades fundadoras.

A Agenda 3i9 foi construída com base em cinco planos funcionais de abrangência nacional:

  • Plano nacional de melhoramento
  • Plano nacional de melhoria da produtividade
  • Plano nacional de defesa contra agentes bióticos
  • Plano nacional de qualidade da cortiça
  • Plano nacional de ação territorial

Missão

Pretende-se com a Agenda3i9 mais e melhor cortiça, maior resiliência dos montados portugueses e a sua perenidade produtiva, num investimento de investigação e inovação projetado num horizonte de três ciclos de produção.

Objetivos

A Agenda 3i9 assenta numa interdisciplinaridade entre 5 objetivos:

    • produzir cortiça de qualidade por indivíduos adaptados ao stress biótico e abiótico;
    • em povoamentos mais resilientes, no conhecimento das variáveis chaves que influenciam os processos fisiológicos relevantes e sob diferentes modelos de gestão;
    • prevendo, diagnosticando e controlando agentes bióticos – pragas e doenças;
    • garantindo matéria-prima nas condições ideais para a indústria, do ponto de vista mecânico, sensorial, e racionalizando métodos e procedimentos de colheita e pós-colheita;
    • avaliando o papel de contextos biofísicos e de localização no potencial produtivo dos montados, na provisão dos serviços dos ecossistemas e no desenvolvimento rural integrado;

Ações de suporte

A Agenda 3i9 assenta num conjunto de ações de suporte, facilitadoras, que potenciam sinergias entre os agentes e melhoram a partilha dos recursos apresentadas na tabela abaixo.

(COLOCAR TABELA DE AÇÕES DE SUPORTE DA AGENDA 3I9)

Para conhecer os Planos Funcionais na íntegra, consulte os documentos da Agenda 3i9 aqui. (COLOCAR LINK DO PDF DA AGENDA)